O Sentido da Vida:

O SENTIDO DA VIDA: Antes da queda do homem no jardim do Éden o sentido da vida era viver o presente com o Criador.
Hoje o sentido da vida é fazer Teshuvah para garantir o futuro com Ele. (Rosh Yehudah)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Tishá Be Av

Tishá Be Av (9 de Av) do calendário judaico, dia de jejum e recordação dos maiores desastres do povo de Israel... Mas, hoje, também de esperança e de ansiar por Mashiach.

Vale a pena ler a mensagem que se segue.

A DESTRUIÇÃO DO TEMPLO

Sabemos que Mashiach reconstruirá o Beit HaMicdash — o Templo Sagrado em Jerusalém. Na verdade, ele precisará realizar esta tarefa antes que possamos declará-lo, com absoluta certeza, Mashiach. Pois a reconstrução do Templo e a restauração das oferendas são um pré-requisito para a plena restauração e revelação da Divina Presença aqui, na Terra, para toda a humanidade.

Mesmo hoje, a importância do Templo permanece penetrante: nós o lembramos em casamentos e funerais; jejuamos em Tishá Be’Av — o dia em que ele foi incendiado; nós estudamos sua estrutura e seus serviços; chegamos a reconstruí-lo simbolicamente em nossas sinagogas e lares: nossos tempos de oração correspondem aos sacrifícios diários e nossas mesas, com chalá e sal, são comparadas ao altar.

Sem dúvida, o Templo — Beit HaMicdash — sempre teve um lugar crucial na vida judaica e no pensamento judaico, e um papel fundamental para Mashiach. Mas por que D’us permitiu a sua destruição, não apenas uma só vez, pelos babilônios, mas também uma segunda vez, pelos romanos?

Curiosamente, de acordo com a Lei Judaica, jamais o Templo deveria ter sido destruído! A Lei Judaica afirma que qualquer pessoa que quebre recipientes, rasgue roupas ou venha a “demolir uma construção”, simplesmente destruir, viola o mandamento contra o desperdício. Além da proibição contra a destruição perversa, existe também — em separado — uma proibição contra fazer danos em qualquer parte do Templo. É proibido até mesmo remover uma só pedra que seja, eis que a Torá diz: “vocês destruirão os altares deles, mas você não fará isto ao Senhor, nosso D’us”. Assim sendo, Maimônides enumera esta como uma das seiscentas e treze mitsvot: “Não destruir o Templo Sagrado ou sinagogas ou casas de estudo”.

Visto que os mandamentos provêm de D’us, são uma expressão de Sua vontade, as mitsvot que nos foram dadas no mundo físico têm um paralelo espiritual, como se diz nos salmos: “Ele profere Suas palavras a Yaakov, Seus estatutos e ordenações, a Yisrael”. Isto significa, explicam nossos sábios, que nossas mitsvot também são as mitsvot de D’us, que Ele, por assim dizer, cumpre os mandamentos espiritualmente, os que nós observamos fisicamente. Como pode então D’us ter permitido a destruição do Templo, e mais ainda, deixá-lo ser destruído por meio de Sua atuação, como profetiza Jeremias: “Veja, estou enviando Nabucodonosor, rei da Babilônia, Meu servo?” Isto não viola a proibição de destruição perversa?

A resposta é não, visto que só é proibida a destruição irresponsável, desnecessária. No entanto, se a única maneira de consertar algo, de corrigir um problema, é primeiro danificar o objeto, então permite-se que alguém assim proceda.

Isto pode se tornar claro examinando-se uma situação análoga com respeito ao trabalho em Shabat. Se alguém danificar alguma coisa simplesmente para destruí-la, as leis de Shabat não foram violadas. Mas se alguém quebra alguma coisa para construir algo, então esse alguém violou as leis de Shabat. Um exemplo é quebrar alguma coisa ou rasgar roupas para aliviar a raiva, eis que o ato positivo, construtivo de alguém se acalmar é executado destruindo-se alguma coisa.

Semelhantemente, a destruição do Templo por D’us, a “materialização da ira de D’us”, foi um ato positivo, construtivo, como está escrito: “Ele descarregou Sua ira sobre a madeira e as pedras e Ele não despejou Sua ira sobre Israel”. A destruição dos primeiros dois Templos não foi insensata ou destituída de razão. O Primeiro Templo foi destruído porque o povo judeu era culpado de idolatria, imoralidade sexual e derramamento de sangue, do que resultaram quatrocentos anos de exílio. O Segundo Templo foi destruído por causa de ódio sem fundamento, a animosidade de um judeu contra outro sem razão, do que resultou nosso atual exílio de quase dois mil anos.

Para salvar o povo judeu, D’us destruiu Sua casa. Foi a única maneira possível de reparar e restaurar o relacionamento entre D’us e o povo judeu.

Há uma questão a mais: a Lei Judaica explica que a permissão de demolir para reconstruir somente se aplica quando a construção será erguida no mesmo lugar e com uma estrutura de igual ou maior santidade. Assim sendo, com relação a uma sinagoga, nenhum dano é permitido a menos que seja necessário para construir: não se pode danificar uma sinagoga nem para uma mitsvá.

Disto podemos concluir que a grande meta da destruição do Templo não foi a destruição em si, mas ocorreu visando a algo mais elevado — “para construir” — um Templo de santidade ainda maior. Este tipo de destruição é uma preparação para a construção, sendo por conseguinte assim denominada. Ou seja, a destruição e a demolição em si mesmas são um tipo — e o início — de construção, neste caso, a construção do Terceiro Templo. Possa ele ser completado, brevemente em nossos dias.

A DOR DA GERAÇÃO DO TEMPLO (BEIT HAMICDASH) E DE MASHIACH

Alshich, um cabalista do século dezesseis, explica que Mashiach aceita seu sofrimento de bom grado, com amor pelo povo judeu e toda a humanidade, e que quando finalmente Mashiach se revelar, nós nos daremos conta de que ele escolheu sofrer. Compreenderemos então quantos esforços ele investiu suportando o sofrimento da geração.

Rabi Shneor Zalman, o fundador do Chassidismo Chabad, na verdade, detalha a natureza e os sintomas da doença de que Mashiach sofrerá.

O Chafets Chaim, em seu trabalho sobre ansiar por Mashiach, discute o conceito das “dores de parto de Mashiach”. De fato, esta idéia, comparar o tempo de Mashiach à dor e ao tormento de dar à luz, é encontrada em todas as discussões filosóficas e místicas sobre Mashiach ao longo dos séculos. Com toda certeza, se a geração na qual Mashiach vier, infelizmente, conhecer muita dor e sofrimento, então o próprio Mashiach partilhará — na verdade, assumirá a porção maior — da doença e da dor.
Fonte Ad Matai

Com certeza geração do SEGUNDO TEMPLO conheceu muita dor!

Pense nisso!!
Adaptação Rosh Yehudah.

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