Tishá Be Av / 9 do mês de Av

Tishá Be Av (9 de Av) do calendário judaico, dia de jejum e recordação dos maiores desastres do povo de Israel, no ano 586 AEC os babilônicos destruíram o Primeiro Templo e neste mesmo dia no ano 70 EC foi a vez dos romanos. Segundo os sábios do Talmud este dia, D-us proclamou como dia de luto para as gerações futuras, pois no caso dos espias o povo derramou lágrimas em vão (Números 14:1), já que D-us os faria entrar e possuir a terra.
Mais do que uma triste recordação é momento de reflexão sobre nossa vida, de como vivemos, se somos gratos pelo que temos ou se o que temos nos faz ingratos, e se entendemos: "A riqueza e honra de Ti procedem..." (Vaivárech David sidur 325). Aquilo que parecia improvável se tratando do povo santo, aconteceu, não só uma, mas duas vezes. Reflita.

*O jejum inicia-se minutos antes do pôr do sol da quarta-feira (29/7) e vai até o completo anoitecer do dia seguinte quinta-feira (30/7).

Devarim/Palavras

Palavras, o quanto elas são importante, e o quanto as pessoas usam sem nenhuma responsabilidade, como se fosse nada ou simplesmente por não serem visíveis e não deixarem marcas fisicamente, para o bem deixamos de elogiar e de mostrar reconhecimento, para o mal falamos como se as palavras fossem nada.
Devarim (Deut 1:1 a 3:22) esse foi o titulo da parashah passada, quando Moisés falou dos acontecimentos na trajetória do povo pelo deserto, Moisés falou de erros e acertos como se aquela geração fosse responsável pelos quarenta anos no deserto, que responsabilidade a de Moisés exortar um grande números de pessoas, correndo o risco de ser confrontado já que este povo era considerado justos, pois eles entrariam na terra.
Moisés sabia a importância das palavras e o quanto elas podem contribuir para a elevação ou destruição de um povo, mas o que é notório não são só as exortações de Moisés, mas também essa geração de Tsadikim (justos) que ouvia atentamente todo o grande discurso de Moisés, que, assim como nas palavras, sabia a importância de identificar o povo.
Buscando fazer sempre a vontade Divina, Moisés foi amado por uns e odiado por outros, mas em cada momento sabia discernir quem eram esses: pediu contra alguns: E irou-se Moisés muito, e disse ao Eterno: não atentes para a sua oferta (Números 16:15, 28-29), e, em favor de outros: Então Moisés orou pelo povo (Números 21:7).
A esta geração que entraria na terra disse: Porque tu és um povo santo para o Eterno, teu D-us (Deut 7:6). Não repreenda o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio e ele te amará (Provérbios 9:8).
Antes de usar as palavras identifique quem são as pessoas, mas que possamos fazer sempre a vontade do Eterno nosso D-us, sendo amado ou odiado.

Serviço de Shabat!

Mesmo bem próximo do shabat resolvi postar sobre nosso cabalat shabat passado, onde tivemos a presença de vários chaverim inclusive de Petrópolis, e fizemos a primeira refeição do shabat juntos, o que é muito importante participarmos da mesma mesa, pois assim eleva nossa comunhão, e no shacharit tivemos ainda mais, que possa ser sempre assim, ou melhor, ainda mais, já que não veio todos...

17 de Tammuz

Ninguém se alegra em dias de luto! Será assim a partir do dia 17 de Tammuz do calendário judaico (09/07), quando diminuimos nosso jubilo; não há casamentos, viagem de recreação, etc. Neste dia os romanos romperam as muralhas de Jerusalém, e nesta data damos inicio as três semanas de luto e introspecção, pois no dia 9 Av (30/07) os romanos destruíram o segundo Templo. Entre outras, essa é uma trágica lembrança que aconteceu nos anos 70 EC, mas que ainda hoje afeta milhões de judeus em todo o mundo.


Cinco acontecimentos trágicos no dia 17 de Tammuz:

1.Moisés quebrou as Tábuas da Lei no Monte Sinai - em resposta ao pecado do Bezerro de Ouro.

2. As oferendas diárias no Primeiro Templo foram suspensas.

3. As muralhas de Jerusalém foram rompidas antes da destruição do Segundo Templo em 70 EC.

4. Um oficial romano, Apóstamo, queimou um rolo da Torá.

5. Uma imagem de idolatria foi colocada no Santuário do Templo Sagrado.

*Neste dia (exceto gravidas e enfermos) é feito um jejum do amanhecer ao escurecer.

Chacat/Estatutos / Balac/Destruidor

Nm 19:1 a Nm 22:1.
Não entendemos todas as coisas relacionadas aos estatutos Divinos pois para entender tudo teríamos que ser D-us, pois foi ele quem deu e sabe de todos os "por ques", entre alguns destes está o da vaca vermelha na época do Templo, onde as cinzas purificava o impuro e impurificava o puro que estivesse envolvido nesse processo, os sábios não entenderam a razão, pois vai alem do intelecto
humano, e o fato de não intendermos não significa que não tenha uma lógica, pois é Divina!
"tudo que falou o Eterno, faremos (Êxodo 19:8)", estas foram as palavras dos israelitas, que demonstraram confiança em D-us mesmo sem saber quais eram os mandamentos que Ele (O Eterno) os entregaria. Assim como no passado devemos confiar no Eterno, e ainda que não entendemos tudo, devemos cumprir Torah, pois quando fazemos isso demonstramos fé e a certeza que todos os mandamentos Divino são bons.
E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom (Rm 7:12).

Nm 22:2 a Nm 25:9 Bilam (Balaão) é o típico religioso que crê em dogmas pagãos e reconhece o poder do D-us de Israel. Como Bilam muitos hoje em dia querem ter um relacionamento com o Eterno, mas não cumprir Torah e nem fazem parte do povo de Israel, na realidade fazem como Bilam, como não podem amaldiçoar o povo Santo de Israel porque reconhecem que o Eterno é o D-us deste povo, acaba por falar bem. Bilam foi salvo por sua jumenta, pois ele não enxergou o anjo que se opôs no caminho, estava cego pelo desejo de fazer sua vontade, e ir até Balac, a ordem a principio era pra ele não ir, mas como ele insistiu e desejava se encontrar com Balac e D-us entrega ao homem o desejo de seu coração, permitiu, mas no caminho se opôs a ele.
Bilam deu ordem a Balac para edificar altares para sacrificar ao Eterno, uma barganha, na realidade esperavam receber algo em troca, não estavam ali para fazer a vontade de D-us, pois eram anti-semita e queriam fazer suas próprias vontades. Por fim, Bilam aconselhou as mulheres midianitas a levarem os filhos de Israel a se prostituírem e serem infiéis ao Eterno (Números 31:16), e acabaram morrendo na praga vinte quatro mil homens.