Behaalotechá/Ao Colocares

E o povo queixava-se da má sorte aos ouvidos do Eterno (Números 11:1).
O povo sempre estava insatisfeito, quando não era o populacho era a elite do povo “homens de posição” (Números 16:1-2) que estava sempre disposto a contender.
O povo esqueceu da escravidão e só se lembravam dos alimentos do Egito, e com isso desprezavam o maná, dizendo: “seca-se nossa alma, nenhuma coisa há, salvo o Maná, diante de nossos olhos” (Números 11:6).
Imagine se você negligenciasse ou recusasse o meio de sobrevivência que D-us escolheu para que chegues a herdar a “terra”, e lá sim, usufruir do melhor que D-us prometera.
É exatamente isso que a parashah trata, de alguns entre o povo que se queixou e levou todo o povo a desejar outro alimento em vez de maná; tiveram sim outro alimento, mas com ele a morte e não herdaram a promessa.
Ainda que eles entendessem que aquele maná era uma mesmice, não teria o direito de reclamar, pois era o suficiente para sobreviver e receber a herança, reclamando demonstrava ingratidão e impaciência, não reconhecendo que outrora era escravo e agora livre pelo Eterno.
Muitos em nossos dias reclamam do Maná, se esquecem que é o meio que D-us escolheu para que cheguemos o tão sonhado Olam Habah, por isso, não sejamos ingratos com o Eterno recusando o Maná, pois como no passado é o meio de nos mantermos “vivos” e herdarmos a “terra”, caso contrario podemos não sobreviver.

Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente (João 6:58).




Pense em alguém que matou um homem e fugiu; casou teve filhos e largou-os com o sogro por uma causa nobre; em um acesso de raiva quebrou algo muito importante; constantemente discutia com seu Superior por causo dos outros; relacionou-se com outra mulher.

Agora pense na irmã deste, que o ajudou quando bebe estava em mãos de outra pessoa, mas com muito jeito conseguiu levá-lo para ser criado pela sua mãe e depois devolvê-lo; quando adultos contribuiu para um propósito comum; mas falou contra ele quando este se relacionou com outra mulher.

Pois te fiz subir da terra do Egito, e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti a Moisés, Arão e Miriam (Miquéias 6:4).
O fato de Miriam ter ajudado Moisés, ter contribuído com a saída do Egito, não delegava a ela o direito de falar contra ele, pois acabou sendo punida ficando fora do acampamento, ainda que para Moisés ela silenciando já era suficiente, mas como tudo depende de D-us, Ele decidiu que ela ficasse fora do acampamento.

E o homem Moisés era muito humilde, mais do que todos os homens que houve sobre a face da terra (Números 12:3).

Sempre nos achamos capazes de julgar algo que aparentemente é certo, na realidade quando se trata das coisas do Eterno e de nossos superiores não cabe a nós julgar, podemos ser presunçosos, agirmos mal e contra a vontade do Eterno.

Não conheçais face (não mostrarei parcialidade) no juízo; ao pequeno como ao grande do mesmo modo ouvireis; não temereis a homem algum, porque o juízo é de D-us... (Deuteronômio 1:17).